domingo, 7 de fevereiro de 2010

Anteontem ela me salvou de mim

ela chora com as minhas dores, torce pelo sucesso dos amores, me empresta os computadores (é só um, mas eu precisava rimar), ela vibra com uma tal crítica no jornal e ri dos meus excessos de vibração, ela entende meus dias azedos, ela leva a sério quando eu digo: "Acho que vou cortar os cabelos (pausa dramática), pra não cortar os pulsos"- e liga no dia seguinte: "Lelê? Vamos cortar os cabelos, então?" - Ah, ela sabe que eu levo o prêmio de "maior complexidade dramática dos últimos tempos" e não me julga por isso, ela observa, ela me percebe, ela é discreta e não fala nada sobre o assunto (quando percebe que é delicado e sabe que deve silenciar), ela me respeita, ela fala pra caralho e não se importa que eu diga isso, porque ela sabe que eu falo também. Ela bate papo na cozinha e já cuidou do meu porre mais trash. E com um gesto simples já me ajudou a cessar aquela sensação complicada de peito queimando. Eu me sinto confortável pra ser tão imperfeita ao seu lado. Ela confia em mim. E eu nela. Será isso amizade? OBRIGADA

elA

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